Já caiu por terra a teoria que nascemos sem conhecimento (tabula rasa), mas ainda é usual considerar a criança como um ser “que sabe menos” principalmente quando o adulto não tem um olhar para as especificidades das infâncias.
Fazer pela criança pode agilizar o processo, mas não contribui em nada no processo de aquisição de novos saberes (conhecimentos).
E com esse comportamento do adulto o que temos?
Um movimento recorrente que é a criança dentro e fora do contexto escolar sentir o estranhamento frente aos novos conhecimentos. Com isso temos uma enxurrada de “não sei” “não consigo” “faz pra mim” entre outras frases que as crianças são condicionadas a dizer.
Piaget desenvolveu um estudo que não foi inicialmente desenvolvido para a educação, mas que exemplifica o processo de aquisição de novos saberes. Estou falando da teoria de Equilibração:
A criança na Educação Infantil, dentro do processo autônomo têm todos os caminhos para apreender novos conceitos e conhecimentos, mas ela esbarra em currículos engessados que não consideram as especificidades das infâncias. Em um tempo que é o adulto que estabelece, sem considerar a criança como sujeito de saberes.
Portanto para que a criança aprenda novos saberes é necessário compreender que o estranhamento faz parte do processo de aquisição de novos conhecimentos.
O tempo na educação infantil precisa ser o da criança, o movimento na educação infantil precisa ser o da criança, o protagonismo na educação infantil precisa ser o da criança. As infâncias e as Instituições de Educação Infantil precisam ser pensadas através dos olhares e vivências das crianças.