quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Self-Service na Educação Infantil



Na educação infantil os eixos que fundamentam todas as ações são as interações e as brincadeiras. Como eu já disse em outros momentos, a educação infantil não pode ser encarado com preparação para o ensino fundamental, mas sim vivenciada nas inteirezas da infância. Partindo desse princípio o self-service nessa etapa da educação infantil é fundamental tanto para a construção do processo autônomo das crianças quanto para as aprendizagens significativas. 


Este ano na EMEI Monteiro Lobato o lanche está sendo servido dentro das salas, por uma questão organizacional (mas já estão sendo (re)pensadas formas para ampliar essa oferta). O momento das refeições também são momentos pedagógicos e de aprendizagens, para tanto é preciso organização dos espaços, criar contextos, ressignificar a educação alimentar para as crianças.


O self-service proporciona para a criança a oportunidade de ser responsável direta/indireta pelo que ela vai comer. Indireta pois o cardápio na Rede Municipal de Educação de Sinop é organizado por uma equipe coordenada por nutricionistas. E direta pois com o self-service dentro das possibilidades apresentadas as crianças tem a autonomia de escolher os alimentos e as quantidades. Nesse momento cabe ao professor orientar e instruir em um movimento para a construção de um processo Autônomo - Consciente - Emancipatório. 


O cardápio das Escolas Municipais de Educação Infantil do município de Sinop é bastante rico e variado, seguindo a Resolução nº 6 de 08 de maio de 2020 Programa Nacional de Alimentação Escolar , em que organiza toda a parte da alimentação nas escolas.
 

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Indicação de Música



A indicação de música de hoje é a música Trem de Brincar do Grupo Palavra Cantada. A música faz parte do material do Projeto Palavra Cantada na Escola. Essa é uma música que as crianças e os adultos se divertem cantando e dançando. Na turma do Pré Fase II "A" utilizei a música na acolhida, no momento de despertar.

Metodologia: Primeiro conhecemos a letra da música e os gestos. No segundo momentos já com a sala organizada em caminhos com as mesas, fizemos a música em movimento, vocês podem acompanhar um pouquinho de como ficou no link: @profa.joice_ribeiro , e para quem quiser assistir ao vídeo ou baixar a música também disponibilizei o link do canal no Youtube e do Spotify do Grupo Palavra Cantada.

Trem de Brincar

Artista: Palavra Cantada (2020) 

Trem de Brincar - Palavra Cantada 

Trem de Brincar - Spotify 

Esse trem é um trem malucoO maquinista tá caducoEsse trem é trem de ferroTodo mundo dá um berro
Esse trem é um trem malucoO maquinista tá caducoEsse trem é o trem das almasTodo mundo bate palmas
Esse trem é um trem malucoO maquinista tá caducoEsse trem bate na estacaTodo mundo vira estátua
Esse trem é um trem malucoO maquinista tá caducoEsse trem anda e balançaTodo mundo cai na dança
Esse trem é um trem malucoO maquinista tá caducoEsse trem anda no escuroTodo mundo dá um pulo
Esse trem é um trem malucoO maquinista tá caducoEsse trem para na praçaTodo mundo se abraça
Esse trem é um trem malucoO maquinista tá caducoEsse trem vem de CancúnTodo mundo solta um pum
Esse trem é um trem malucoO maquinista tá caducoEsse trem já vai emboraTodo mundo agora chora



quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Roda de Conversa na Educação Infantil

 
A primeira forma de registro da criança na educação infantil é por meio do desenho, está é uma importante estratégia metodológica para fomentar a produção artística e estimular que a criança no desenvolvimento de suas habilidade e competências.
 

A proposta para essa vivência foi que as crianças registrassem em forma de desenho o seu final de semana. Para isso, elas teriam uma folha A4 e para o registro poderiam utilizar: lápis de cor, canetinha, giz de cera...


Após terminarem os desenhos, nos direcionamos para o centro da sala, formamos uma roda e começamos as apresentações. Para a apresentação as crianças tiveram que identificar as próprias produções e fazer um relato sobre o desenho.

Os primeiros relatos começaram tímidos, até que a Nayara relatou que durante o final de semana foi visitar sua avó no município de Cláudia, logo a história ganhou olhares curiosos, e quando chegou no banho de caixa d´agua na casa da avó foi o ápice.

Logo as crianças começaram a perceber que o final de semana da turma tinha sido animado, teve quem foi para a igreja com os pais, com a tia, teve quem comeu pipoco, chocolate, tomou banho de piscina, também teve quem ficou em casa e brincou sozinho.

Essa roda de conversa as crianças precisaram além de exercitar a escuta também tiveram o estimulo visual oportunizado pela confecção dos desenhos.

Ao final ouve uma troca de desenhos, cada criança escolheu um amigo para presentar com o seu desenho.

Durante a troca de desenhos, houve um momento em que presenciamos a recusa na troca, com a justificativa de que não gostava de trocar de trocar desenhos. Houve a intervenção de algumas crianças que justificaram as trocas como sendo presentes. Conflito resolvido, cada um guardou seu presente na mochila.

"A roda de conversa tem sido compreendida, no contexto escolar, como um espaço de exercício democrático, que privilegia o estabelecimento de diálogos, debates e trocas de ideias. Na Educação Infantil, essa atividade constitui-se como elemento frequente da organização didática e metodológica, como forma de subsidiar um trabalho com a linguagem oral e valorizar a produção infantil. A roda de conversa é instrumento regularmente utilizado no cotidiano da Educação Infantil para o trabalho com os conteúdos escolares, mas, é um método de pesquisa que permite ao sujeito expressar sua singularidade."https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/1637/660 (SILVA, 2016)

 

Sobre as rodas de conversa na sua turma, como elas ocorrem?

Deixe nos comentários o seu registro...


quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Artigo de Opinião


A educação infantil é o espaço e o tempo inicial para o desenvolvimento das relações por meio das interações. Falar sobre as interações é fácil, afinal a cada passo, olhar, palavra, gesto, movimento estamos interagindo com as pessoas, os espaços, os objetos. Mas quando estamos falando sobre as relações e interações nos espaços educativos destinados para as infâncias, precisamos concentrar esforços sobre a complexidade e a sensibilidade de INTERAGIR. Quando interagimos temos a oportunidade de AFETAR o outro, a nos mesmos, o espaço, o tempo… mas o movimento de afetar está diretamente atrelado ao sentimento de PERTENCER, por isso pontuo que antes das interações e brincadeiras, o movimento fundante da educação infantil precisa ser o de pertencimento.

Quem vive as infâncias?

Quem tem propriedade para escolher os caminhos das infâncias?

A quem pertence a escola de educação infantil?

A criança tem espaço para apresentar suas preferências?

O currículo da educação infantil efetivamente compreender as infâncias?

Esses são alguns pontos que nós precisamos refletir principalmente para promover uma mudança visando garantir os direitos das crianças e a materialidade do pertencimento das infâncias.

Uma frase muito falada e ouvida e a de que “as crianças não sabem” por isso nos adultos nos apropriamos dos caminhos e escolhas para as infâncias. 

Se é o adulto que define o que é melhor para a criança, como será possível a criança PERTENCER a infância? Muito se fala sobre as crianças e as infâncias, mas pouco de ouve as crianças. 

Quem são os especialistas das infâncias? Esses não deveriam ser as próprias crianças?

Garantir os direitos das infâncias e das crianças perpassa pela garantia do direito de pertencer.

A BNCC apresenta 6 direitos de aprendizagens para as crianças na educação, e ao analisá-los é possível associá-los com o PERTENCIMENTO. 


Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.

Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e

diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.

Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.

Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.

Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens.

Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário.


Se a infância é o tempo da criança e a escola de educação infantil é para a criança, porque nossas crianças continuam sendo privadas de uma educação pensada/praticada por elas?


segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Indicação de Literatura


 Livro: Qual é o Monstro?

Autores: Lô Carvalho e Suria Scapin

Ilustrações: Aline Casassa

Editora: Bamboozinho 

Quem tem medo de monstro?

E quem tem medo de palavras desconhecidas?


Essa é a proposta para essa história que prende a atenção das crianças tanto pelas ilustrações quanto pela história.

Tem rima, tem fantasia, desperta a curiosidade…


Mais principalmente instiga a curiosidade e a continuação das páginas não é nada óbvia…


As crianças entraram na onda da história e surgiram várias hipóteses, novas palavras e muitas risadas….



E na biblioteca da sua tem o livro “Qual é o monstro?



segunda-feira, 29 de agosto de 2022

O Pequeno Príncipe Preto

A indicação de literatura é um livro cheio novos saberes que levam a criança a uma reflexão sobre família, respeito, afeto, pertencimento 

Livro: O Pequeno Príncipe Preto

Autor: Rodrigo França

Editora: Nova Fronteira 

Páginas: 32

Metodologia: fazer uma leitura fragmentada durante a semana. 

Por ser um história longa fragmenta-lá é uma das formas de apresentar para as crianças. 


Porque o nome da história é esse?


O que é um baobá?


O que é ancestralidade?


Existe um movimento cultural que apresentou para o mercado literário obras assim como O pequeno Príncipe Preto que versam sobre a temática das relações étnico raciais, é importante reforçar dentro dos espaços de educação formal ou informal a temática, principalmente com o objetivo de diminuir com o preconceito, discriminação racial e racismo desde os primeiros anos de vida das crianças.

E você conhece esse obra? 

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